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Os ventos regulares: polares, alísios e ventos de oeste.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Os ventos polares de leste, os alísios ou tropicais e os ventos de oeste são os ventos regulares que caracterizam a circulação atmosférica geral. Eles são regulares por soprarem permanentemente, com maior ou menor intensidade.


Ventos nas ilhas do Caribe
by Roberto M.
Em outro artigo já estudamos a circulação geral da atmosfera, vimos como são formados os ventos e conceitos que influenciam na sua formação, tais como, altas e baixas pressões, ciclones e anticiclones e os tipos de ventos.
Vimos, também, que alguns desses tipos de ventos são regulares, ou seja, sopram permanentemente, com maior ou menor intensidade. 


São eles que caracterizam a circulação atmosférica mundial. 
No esquema de circulação atmosférica global, as zonas polares funcionam como centros dispersores dos ventos, pois é a partir delas que ocorre a expansão do ar em direção às baixas latitudes.

O ar, quente e menos denso, sobe no Equador (criando uma área de baixas pressões de origem térmica perto da superfície que atrai ventos do Norte e do Sul) e flui na direção dos polos (onde arrefece).
Entre os ventos regulares temos os ventos polares de leste, os alísios e os ventos de oeste.

Esquema dos ventos regulares: venos polares, ventos alísios e ventos de oeste.

VENTOS POLARES

Os ventos polares são ventos que se deslocam dos polos em direção aos trópicos. Normalmente são chamados de ventos polares de leste, pois seguem de leste para oeste.
O ar frio e denso dos polos cria uma zona de altas pressões de origem térmica; o ar desce e flui depois de leste para oeste até chegar a cerca de 60º de latitude, onde começa a subir.

Esse desvio, que é conhecido como desvio de Coriolis, ocorre devido à rotação da Terra, que gira de oeste para leste. Esse movimento interfere na circulação geral da atmosfera e os ventos sofrem um desvio para oeste, ou seja, para a esquerda do hemisfério sul e para a direita no hemisfério norte.
Caso não existisse o movimento de rotação da Terra e por consequência o desvio de Coriolis, todos os ventos teriam, simplesmente, a direção norte-sul.

VENTOS ALÍSIOS

Ventos alísios são aqueles que sopram das latitudes em torno de 30 graus em direção ao Equador.
Como a zona equatorial tem o ar bastante quente, devido à sua maior insolação, ele torna-se mais leve e tende a subir. Para preencher o espaço deixado por esse ar que está subindo, sopram os alísios, ventos menos quentes que procedem das regiões de latitudes subtropicais.

Assim como nos ventos polares, a rotação da Terra provoca o desvio de Coriolis, também, nos ventos alísios.
Assim, os ventos alísios do hemisfério norte sopram de nordeste para o Equador e são conhecidos como ventos alísios (ou tropicais) de nordeste. No hemisfério sul, sopram de sudeste para o Equador e são conhecidos como ventos alísios (ou tropicais) de sudeste.
Os ventos alísios deslocam-se praticamente o ano todo e sempre na mesma direção.

VENTOS DE OESTE

Ventos de oeste são os ventos que sopram entre as latitudes 30 e 60 graus (norte ou sul).
Eles se originam na ascensão do ar quente na zona equatorial. Ao subir, o ar quente vai perdendo temperatura e aumentando de densidade. Por isso, adquire a tendência de descer. Como isso não é possível na própria zona equatorial, por causa da existência da corrente ascendente, esse ar afasta-se da linha do Equador, em um movimento de sentido contrário ao dos alísios, mas realizado a grande altitude.

Ao se afastar do Equador, perde mais temperatura, torna-se mais denso e aproxima-se da superfície por volta dos 30 graus de latitude.
Nesse ponto, uma parte desse ar realimenta as altas pressões subtropicais (das quais saem os ventos alísios em direção ao Equador), mas, a maior parte continua sua trajetória em direção aos polos, agora soprando na superfície, até chegar próximo aos 60 graus de latitude, quando volta a subir.

Esta é uma região com um fluxo invertido de superfície. O ar desce a 30°, com o fluxo de ar vindo do equador e sobe a 60º com o fluxo de ar na célula polar.
Os ventos tentam fluir para norte no Hemisfério Norte e para sul no Hemisfério Sul, mas são desviados pelo efeito de Coriolis para um fluxo de oeste.
Bibliografia: Moreira, Igor – Construindo o Espaço do Homem- Vol. I - Editora Ática.

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