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A História do Fumo ou Tabaco. Do ritual indígena ao maléfico cancerígeno.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Historia de como surgiu o fumo e de como surgiu o hábito de fumar. A origem do tabaco e a evolução do cigarro, de mero rito indígena a vilão de doenças cancerígenas e cardíacas.


Folhas da planta "Nicotiana Tabacum" de onde é produzido o fumo.
by Roberto M.
Como surgiu o tabaco
Como surgiu o hábito de fumar? 
Quando apareceu o cigarro?
O fumo ou tabaco é obtido das folhas de uma planta chamada “Nicotiana tabacum
Essa planta, originária da América, era muito utilizada pelos índios durantes seus ritos religiosos e de magia. Usavam o fumo nas práticas de feitiçaria e bruxaria para afastar os maus espíritos.

Os nativos costumavam aspirar a fumaça das folhas da planta, queimando-as em um tipo de tubo em forma de “Y” que era designado pelo termo taino (etnia de ameríndios que ocupavam as Antilhas no século XV) “tabaco”.

No árabe, existiam palavras, tabbâq ou tubbâq, designativas de plantas que tonteavam e adormeciam. 
Aliando as duas coisas, o efeito da planta e o recipiente usado pelos índios para queimá-la, os espanhóis começaram a chamar as folhas de tabaco.

Vem daí o termo “tabacum” dado à planta. O termo “nicotiana”, do nome científico, foi dado em homenagem ao embaixador francês em Portugal Jean Nicot, que introduziu a planta na França. Também a ele se deve o nome do maior veneno contido no fumo, a “nicotina”.
Quando Cristóvão Colombo chegou à ilha de São Salvador, em 12 de outubro de 1492, os indígenas da ilha, com a intenção de agradar aos visitantes, deram a eles “tabacos”, cheios de folhas queimando, para que fumassem.

Inicialmente, os visitantes não aceitaram muito bem a ideia de fumar tabacos.
Todavia, em muito, pouco tempo, o hábito de fumar difundiu-se pela Europa e, em seguida, pelo resto do mundo.

Em 1518, o Frei Romano Pane, introduziu sementes na Espanha e por volta de 1600, a cultura do fumo ,desenvolveu-se por toda a Europa.
Em 1561, Jean Nicot percebeu que ao aspirar as folhas em forma de rapé (folhas moídas depois de secas) obtinha o alívio de suas enxaquecas. Enviou, então, sementes e pó de tabaco para a França, para que a rainha Catarina de Médicis também o experimentasse no combate às suas enxaquecas. O tratamento foi um sucesso e o uso do rapé começou a se popularizar.

Foi na Espanha que, com a criação daquilo que seria o primeiro charuto, se originou o hábito de fumar por mera demonstração de ostentação.
Por volta de 1840 surgem os primeiros relatos do uso de cigarro, como hoje o conhecemos, e a finalidade terapêutica original do tabaco caiu por terra, surgindo, então, definitivamente, o hábito de fumar por prazer nas sociedades civilizadas.

No início, não havia meios de avaliar os males provocados pelo fumo. Era até interessante o fato de o rapé provocar espirros ao ser inalado.
O uso do cigarro tomou grandes proporções a partir da Primeira grande Guerra Mundial (1914-1918) e em 1960 foram publicados os primeiros relatos científicos dando conta dos malefícios do fumo. Esses estudos relacionavam o cigarro ao aumento da incidência de câncer, infarto e outras doenças no fumante habitual.

Hoje, já se sabe, com certeza, que o cigarro é um dos maiores causadores de mortes, principalmente, por problemas no coração.
Fonte: Ferrarini, Edson - Vencedor não usa drogas - Book Gráfica e Editora.

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