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A Avenida Paulista e sua história.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

História da Avenida Paulista, o ícone máximo, o símbolo da cidade de São Paulo. Maior polo financeiro da América Latina e um dos maiores polos culturais e de lazer da grande metrópole.


Avenida Paulista - São Paulo - SP - Brasil
by Roberto M.
A Avenida Paulista é um dos locais mais famosos da capital de São Paulo. Seu charme e grandiosidade a tornaram o ícone máximo do turismo paulistano.
Uma localização privilegiada, uma boa infraestrutura e uma boa dose de investimentos fizeram da Avenida Paulista o maior centro empresarial da América Latina. Lá se instalaram sedes de grandes empresas, consulados, hotéis, hospitais e bancos.

Mas, a Avenida Paulista não vive apenas do seu lado financeiro. Além de abrigar as mais variadas corporações, é um dos maiores polos culturais e de lazer da cidade.

É nela que está localizado o MASP (Museu de Arte de São Paulo), a Casa das Rosas (Centro cultural dedicado à poesia), além de tantos outros centros culturais, cinemas, teatros e cafés que garantem divertimento variado para todos os gostos.
Não bastasse isso, é na Avenida Paulista que se realizam a maioria das comemorações e eventos de massa da grande metrópole. Entre eles podemos citar a festa do “Réveillon” na passagem de ano, a Parada Gay e as comemorações das torcidas, quando têm seus times campeões.

Entretanto, nem sempre existiu essa grande agitação. O local onde está localizada a avenida, um espigão que separa os vales dos rios Pinheiros e Tietê e que atinge 847 metros de altitude máxima, era uma “floresta” que fazia parte da Mata Atlântica e era conhecido como Altos do Caaguaçu, que na língua tupi significa “mata fechada ou grande”.

Em 1880, Mariano Antonio Vieira adquire uma das chácaras da região, chamada Chácara do Capão.
Tendo como ponto de partida o Morro do Caaguaçu, ele inicia a construção de uma pequena trilha que cortava a grossa vegetação. Era a “Estrada da Real Grandeza”, por onde circulavam carros de bois (o meio de transporte da época) e tropeiros guiando o gado bovino com destino ao matadouro da vila Clementino na zona sul da cidade. Era o embrião da Avenida Paulista.

A partir de 1890, um uruguaio engenheiro agrônomo, urbanista e jornalista chamado Joaquim Eugênio de Lima juntamente com dois sócios, começaram a comprar outras chácaras da região. Compraram as terras do fazendeiro José Coelho Pamplona e também da Chácara Bela Vista nos altos do Caaguaçu.
A partir daí, Joaquim Eugênio de Lima e seus sócios começaram a lotear a região e seguindo os moldes das grandes vias europeias (plana, larga e arborizada) projetaram a primeira grande avenida da cidade: a Avenida Paulista.

Note-se, que os empreendedores tiveram o cuidado de preservar uma área com a vegetação nativa. Essa área é hoje o conhecidíssimo Parque Tenente Siqueira Campos, o Parque Trianon.

A Avenida Paulista foi inaugurada, em 1891, com três vias: uma para bondes de tração animal, outra para carruagens e a terceira para cavaleiros.
Para homenagear o empreendedor, quiseram dar o nome de Joaquim Eugênio de Lima à Avenida, mas ele recusou veementemente dizendo: “O nome da avenida será Paulista, em homenagem aos paulistas”.

De início, os 2 800 metros de comprimento da Avenida Paulista, com seus 30 metros de largura, eram recobertos de pedregulhos brancos. Além disso, a via era totalmente ladeada por espécies arbóreas como plátanos e magnólias.
No ano de 1900, com a chegada da eletricidade à Avenida, os bondes de tração animal deram lugar aos bondes elétricos.
Em 1909, fruto da importação de materiais, tornou-se a primeira via asfaltada da cidade.
Nessa época, a elite paulistana, que começava a se formar, inaugurava, na região, luxuosos palacetes e era na Avenida Paulista que ocorria o famoso carnaval dos foliões da elite.

Em 1903, foi fundado o “Instituto Pasteur de São Paulo” (destinado à pesquisa do vírus rábico) que, até hoje, encontra-se instalado no mesmo edifício.
Em 1906, foi construído o primeiro hospital particular da cidade, o “Sanatório Santa Catarina”. Hoje, a região é considerada um dos maiores complexos hospitalares do mundo.
A Avenida abrigou, ainda, dois observatórios meteorológicos. Em 1909, o “Observatório da Avenida”, na residência de José Nunes Belfort Matos. Em 1912 o “Observatório de São Paulo”, sede do serviço de Meteorologia.

Em 1928, Ramos de Azevedo concebeu, nos padrões do classicismo francês, a “Casa das Rosas”, onde hoje, já tombada pelo patrimônio histórico, funciona um centro cultural que celebra a poesia, a literatura e a arte em geral.
Na década de 1950, novas regras urbanísticas fazem com que as famosas mansões da Paulista comecem a dar lugar a imponentes edifícios comerciais e residenciais. Um dos marcos dessa evolução foi a inauguração, em 1956, do “Conjunto Nacional”.

Em 1968, a via foi ampliada para 48 metros de largura e nesse mesmo ano foi inaugurado o MASP – Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, que possui o mais significativo acervo de arte ocidental dos países latinos.

Na década de 1980, foi criada a Associação Paulista Viva, com o objetivo de preservar a imagem do principal símbolo da cidade de São Paulo e também para melhorar a qualidade de vida das milhares e milhares de pessoas oriundas de todas as regiões da cidade e, porque não dizer, do mundo, que diariamente movimentam-se pela Avenida Paulista.
Bibliografia: 1) Parque Trianon – Folder Roteiro – Trilhas Urbanas
                   2) Associação Paulista Viva

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