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Como surgiu e quem inventou a Caneta Esferográfica.

sábado, 7 de maio de 2011


by Roberto M.
Antes do surgimento da caneta esferográfica, escrever era uma atividade muito arriscada. As canetas tinteiro tinham que ser mergulhadas na tinta e vazavam. Além disso, a tinta borrava e demorava a secar.
A primeira tentativa de se safar desses problemas aconteceu através do britânico John L. Loud, um curtidor de peles, que a 30 de outubro de 1888 registrou uma patente do que viria a ser o início conceitual de uma caneta esferográfica.


Loud criou uma caneta com uma pequena esfera rotativa numa ponta metálica que era constantemente alimentada por um reservatório de tinta. Ele a usava para marcar couros e apesar de ainda vazar tinta, era muito mais eficaz que uma caneta tinteiro comum. John Loud não chegou a tirar partido da sua patente, pois não a explorou comercialmente.

Mais tarde, na década de 1930, o húngaro Lásló Biró, inventou de fato a primeira caneta esferográfica.
Lásló Biró (1899-1985) estudou medicina, mas não terminou o curso. Trabalhou como hipnotista, piloto de corridas e acabou se dedicando ao jornalismo.
No jornal onde trabalhava, ficou intrigado com a diferença de tempos de secagem entre a tinta com que eram impressos os jornais (o papel ficava seco e livre de borrões rapidamente) e a tinta da sua caneta tinteiro (secagem lenta, que borrava muito).

Biró juntamente com seu irmão György (um químico), resolveram fazer experimentos.
A princípio, imaginaram fazer uma caneta com o mesmo tipo de tinta utilizada na impressão dos jornais. Mas a tinta era muito espessa e não fluía regularmente.
Equiparam então, a ponta de uma caneta com um pequeno rolamento que fazia descer a tinta de impressão com sucesso à medida que rolava: conforme a caneta deslizava sobre o documento, a esfera do rolamento girava no interior do bico da caneta, coletando a tinta depositada num reservatório acima dela e marcando o papel.

Além disso, essa mesma esfera vedava o reservatório; impedindo vazamentos e que a tinta secasse (o que provocaria entupimento da caneta).
Assim nasceu a caneta esferográfica.

Os irmãos Biró, em 1938, patentearam a caneta na Hungria, na França e na Suíça, mas com a eclosão da segunda guerra, para fugir das perseguições nazistas, fugiram para a Argentina onde requereram a patente de sua caneta em 10 de junho de 1943.

Um dos primeiros clientes foi a RAF (Real Air Force) britânica. Eles necessitavam de um novo tipo de caneta que não vazasse tinta em altitudes, nos aviões de caça.
O bom desempenho da esferográfica a elevadas altitudes assegurou que o nome “biro” se tornasse sinônimo de esferográfica no Reino Unido.

Ao mesmo tempo em que produzia as primeiras canetas esferográficas para vender ao público, Biró, em 1944 licenciou a patente do seu invento para o francês Marcel Bich.
Bich fundou uma empresa para fabricar canetas esferográficas com o nome BIC. Modificou o design inicial de Biró e implantou um processo de produção em massa que reduzia significativamente o custo das canetas por unidade. Isso permitiu que as canetas fossem vendidas a um preço incrivelmente baixo.

Até hoje, a BIC continua sendo a líder mundial no ramo das esferográficas. Em 2005 atingiram os 100 bilhões de canetas vendidas. A BIC Cristal (líder de vendas) vende 14 milhões de unidades por dia.

Os argentinos, mostrando a admiração que sentem por Biró, além de chamarem as esferográficas de “birome”, comemoram o Dia Nacional do Inventor a 29 de setembro (dia do nascimento de Lásló Biró).
 
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