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A lenda do Homem do Saco ou do Velho do Saco.

quarta-feira, 13 de março de 2013

Homem do Saco, Velho do Saco ou Cigano do Saco é uma lenda urbana, fruto do imaginário popular, onde crianças desobedientes e que saiam de casa sozinhas sumiam ao serem levadas por um homem que levava um grande saco de pano às costas.


Homem do saco, velho do saco, cigano do saco lenda urbana do homem que roubava criancinhas.
by Roberto M.
Quem nunca ouviu falar de uma lenda urbana muito famosa conhecida como o Homem do Saco? Muitos a conhecem como a lenda do Velho do Saco ou ainda o Cigano do Saco.
Essa era uma história muito contada quando os pais desejavam que seus filhos fossem obedientes. Era usada pelas mães para assustar as crianças malcriadas que saiam para brincar sozinhas na rua.


Pelo menos até a década de 1970, era muito comum nos depararmos com algum adulto amedrontando criancinhas com a história de um velho, que andava com um saco nas costas para roubar crianças desobedientes.

O HOMEM DO SACO

Provavelmente inspirada nos mendigos que permeiam todas as cidades, o velho malvestido, e com um enorme saco de pano nas costas, andava pelas ruas levando embora as crianças que fizessem “arte” ou que estivessem brincando sozinhas na rua.
Em algumas versões da lenda, o homem é retratado realmente como um mendigo. Em outras, ele aparece como um cigano.

Há versões com toque de crueldade, onde o homem (mendigo ou cigano) leva a criança para o seu refúgio e lá faz sabão com elas.
Normalmente, essas lendas antigas fazem parte do imaginário popular e, na maioria das vezes, não possuem qualquer base de veracidade. Foram criadas com intuito educativo para ensinar algo com base em uma historia fantasiosa.

GILLES DE LAVAL, UM "HOMEM DO SACO" REAL

Entretanto, poucos sabem que no século XV existiu um “homem do saco” de verdade, que talvez seja a origem de toda essa lenda.
Entre os anos de 1404 e 1440 viveu na França um homem extremamente rico chamado Gilles de Laval, Senhor de Rais.
Aparentemente, era um nobre religioso e de natureza piedosa; muito caridoso com os pobres. Mas, no fundo, era um verdadeiro monstro assassino, que viria a assombrar toda a Europa.

Tudo começou quando, após consumir toda sua fortuna e se ver quase sem recursos, Gilles de Laval resolveu consultar uma mulher que se dizia feiticeira para conseguir recuperar seus recursos.
A charlatã, para que ele conseguisse seu intento, aconselhou-o, então, a sacrificar crianças para um demônio chamado Barron.

A partir daí, em 1440, crianças que iam até o castelo de Laval, em Tiffauges, próximo a Nantes, pedir esmolas, jamais retornavam para casa.
Além disso, histórias macabras de torturas, sodomia, ocultismo, magia negra e orgias sexuais que aconteciam dentro do castelo começaram a se espalhar pela Europa inteira.
Essas histórias fizeram com que Gilles de Laval, o lord de Rais, ficasse sob suspeita.
O Bispo de Nantes, Jean de Malestroit, resolveu investigá-lo e acabou por descobrir fatos horripilantes.

Em setembro de 1440 Laval foi preso. Em seu julgamento, confessou toda sua perversidade.
Entre as crueldades que praticou estavam a prática do satanismo, heresia, sodomia, sacrilégio, sequestro, tortura e o assassinato e mutilação de mais de 100 crianças. Certos relatos de sua confissão se mostraram tão sinistros que foram retirados dos registros do processo.
Gilles de Rais foi condenado e em outubro de 1440 foi enforcado e seu corpo queimado.

A atrocidade de seus crimes foi tão grande, que, naquela época, ele acabou se tornando símbolo universal do mal.
Até hoje, segundo historiadores, Gilles de Laval, o Senhor de Rais, é evidenciado como um dos assassinos em série mais sinistros e horripilantes de todos os tempos.
Acabou virando lenda.
Talvez seja ele o inspirador do  “homem do saco”, invocado para assustar crianças desobedientes que ficam brincando sozinhas na rua.
            2) Gilles de Rais
Bibliografia: Lewis, Brenda Ralph – A História Secreta dos Reis e Rainhas da Europa – Editora Europa – 2008 – páginas 22-23.

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Um comentário:

  1. ô lôco, Roberto, dessa história até eu fiquei com medo, mano.

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