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Nada a ver, nada haver, nada a haver ou nadavê. Qual é o correto?

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Nada a ver, nada haver, nada a haver, são expressões homófonas e parônimas e por isso geram confusões quando de suas utilizações. Veja como utilizar corretamente essas expressões.


Nada a ver, nada haver ou nada a haver? Qual é o correto?
by Roberto M.
Vi essa questão estampada no meu “facebook” agora há pouco. Muita gente tem essa dúvida.
Quando é que se usa nada a ver? Nada haver está correto? Posso dizer nada a haver? Nadavê existe?
Fiz um comentário respondendo essa questão lá na rede social, mas resolvi falar sobre isso também aqui no blog. Assim, a dúvida e a resposta ficarão para sempre registradas em um dos meus artigos sobre Comunicação e Linguagem.

Acho que é devido à semântica dos termos que existem as confusões. Vejamos:

Podemos dizer que “haver” e “a ver” são duas expressões homófonas, ou seja, apesar de terem grafias diferentes produzem o mesmo som.
Dizemos, também, que elas são parônimas, ou seja, são muito parecidas no som e na escrita, mas têm significados diferentes.
Por isso, dependendo do que queremos expressar, utilizaremos uma forma ou outra.

RELAÇÃO

Quando queremos dizer que alguma coisa não tem relação com outra, devemos dizer “nada a ver”.

Exemplos: Isso não tem nada a ver com aquilo.
                  A personalidade de Maria não tem nada a ver com a de Joana.

INEXISTÊNCIA

A expressão “nada haver” significa a inexistência de alguma coisa. Usamo-la quando queremos dizer que não existe nada.

Exemplos: O marido, que chegou de surpresa, tranquilizou-se ao perceber nada haver dentro do armário.
               Fiquei furioso quando vi nada haver dentro da marmita. Roubaram minha comida!

PENDÊNCIAS

Se colocarmos uma preposição “a” antes do verbo haver, a expressão ficará “nada a haver”. Assim, ela significará algo como “nada a receber”, ou seja, não há pendências.

Exemplos: Depois de ter recebido todo o salário, ele não tem mais nada a haver.
                  O testamento foi lido, a herança distribuída e João não tem nada a haver.

INFORMALIDADE

Na linguagem informal, hoje em dia, está valendo tudo.
É lógico que “nadavê” não existe. Escrever, jamais.
Entretanto, nada impede que em uma conversa na arquibancada do Pacaembu, em um jogo que nosso time esteja perdendo, falemos para o torcedor uniformizado ao nosso lado, que está “doido” para agredir o juiz: “nadavê aí, né mano”!

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3 comentários:

  1. Olá Telma, como vai?

    Maravilhoso artigo, muito útil!!
    Gosto muito de ler sobre estas confusões e regrinhas, pois nós que escrevemos em blogs e usamos a escrita no trabalho também, é muito importante procurar escrever corretamente sempre!
    Eu costumo me equivocar muitas vezes, minha memória é péssima e não me recordo de muitas regrinhas da escola, felizmente um amigo me ajuda na revisão dos textos e sempre que dá, saio por aí procurando informações sobre para manter o português em dia :)
    Adorei as dicas e os exemplos que nos deu, fica super fácil de compreender desta forma :)
    Obrigada por compartilhar :)

    Grande beijooooo

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Samanta, antes de tudo, obrigada por sua visita, sempre tão simpática e com comentários que acrescentam valor ao artigo.
      Eu sou da opinião de que nossa cabeça não comporta tanta informação, para nos ajudar temos livros, temos amigos, temos internet... e muito mais. Eu também tenho um anjo da guarda revisor, ele vive me salvando das abundantes escorregadelas que cometo em meus textos.
      E é verdade, se a gente se propõe a escrever num blog, o mínimo que devemos fazer é tentar escrever corretamente o Português e não ficar inventando novas linguagens. Nosso Português é bonito demais para ser destruído.
      beijos,

      Excluir

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